domingo, 27 de fevereiro de 2011

DERRUBANDO ALGUNS MITOS SOBRE A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL.


Este post tem como objetivo derrubar alguns mitos sobre o trabalho escravo negro no Brasil. Para isto, colocamos abaixo os três maiores equívocos sobre escravidão negra presentes nas aulas de História. Vamos a eles:
1 – NINGUÉM SE ACOSTUMA AO TRABALHO ESCRAVO: É muito comum esse papo de que os negros se acostumaram ao trabalho escravo, diferente do índio, que sempre se apresentou mais rebelde, daí a opção pela mão-de-obra negra. Ninguém se acostuma ao trabalho escravo. O negro nunca aceitou a escravidão. Suas lutas, suas revoltas, suas resistências provam isso. É uma pena que a maioria de nossos professores de História insistam em trabalhar escravidão negra através do olhar do dominante.
2 – O NEGRO NÃO VEIO AO BRASIL, MAS FOI TRAZIDO: Num primeiro momento, essa discussão de expressões (“veio”, “trazido”) parece meio sem sentido, neutra, mas acredite, ela é bastante significativa e nos revela uma dolorosa realidade do trabalho escravo negro no Brasil. Quem vai a algum lugar, vai porque tomou a decisão de ir, ou seja, foi uma ação realizada por opção própria. Agora, ser trazido gera a idéia de passividade. A ação que ocorre não é uma opção minha, mas sim é algo contra ou a despeito da minha vontade. Por isso, afirmar que o negro veio ao Brasil é escamotear uma violenta realidade do escravismo em nosso país. (Sobre o tema ver A ESCRAVIDÃO NO BRASIL, de Jaime Pinsky)
3 – A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL NÃO ACABOU PELA BONDADE DE UMA PRINCESA OU POR PRESSÃO INGLESA EM BUSCA DE UM MERCADO CONSUMIDOR: É muito comum nas aulas de História da tia “Raimundinha” ouvir falar que o protagonismo do fim do trabalho escravo negro no Brasil ocorreu pela piedade de nossa princesa Isabel ou pela intensa pressão inglesa sedenta por nosso mercado consumidor uma vez que precisava escoar sua produção potencializada pela Revolução Industrial. Até parece que após o fim da escravidão, nossos negros, agora homens livres, saíram ricos, cheio de dinheiro para comprar produtos ingleses (rsrs). Por isso, não se engane, o responsável pelo esgotamento do trabalho escravo negro no Brasil foi o próprio negro. Sua força de vontade, sua resistência, sua revolta, e sua sede por liberdade foi que arrebentou a corrente do trabalho cativo no Brasil.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

THOMAS JEFFERSON: "CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU".


Thomas Jefferson entrou para a História por sua importante participação na Independência dos Estados Unidos, se tornando o principal autor da Declaração em 1776. A Declaração da Independência dos Estados Unidos foi o documento no qual as Treze Colônias na América do Norte oficializavam a ruptura com o Reino Unido iniciando a trajetória de um país que, séculos depois, se tornaria a maior potência do planeta. Tal documento (ver figura abaixo) significou um importante avanço no campo dos Direitos Humanos, pois defendia ideais como Igualdade e Liberdade entre os homens.

O que poucos sabem é que, Thomas Jefferson, quando escreveu a Declaração de Independência dos Estados Unidos, era proprietário de 150 escravos e ganhava a vida, principalmente, através do tráfico negreiro. Como bom representante da aristocracia rural, passou a vida rejeitando qualquer proposta de abolição da escravatura. O que me faz lembrar o velho ditado popular “casa de ferreiro, espeto de pau”.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PEDRO AMÉRICO E SUA FAMOSA TELA "INDEPENDÊNCIA OU MORTE".

O famoso quadro “Independência ou Morte”, também conhecido como “O Grito do Ipiranga”, de Pedro Américo, é indiscutivelmente o maior símbolo de nossa ruptura política com Portugal. Chega até ser automático, quando lembramos do acontecimento de 7 de Setembro de 1822, nos vem logo à cabeça o tal quadro (ver abaixo).

O que poucos sabem é, que Pedro Américo, autor da obra, teve uma importante “fonte de inspiração”: 1807, Friedland, de Jean-Louis Meissonier. Na obra, o artista francês retrata a vitória de Napoleão na batalha de Friedland (ver abaixo).

Notaram as semelhanças? Então vamos apontá-las: 1) Os personagens centrais Dom Pedro e Napoleão estão sobre um plano mais elevado em relação aos demais elementos da obra. Tal representação tem uma função: Exaltar o protagonista do acontecimento histórico; 2) Os dois fazem os mesmos gestos: Napoleão com o chapéu e D.Pedro com a espada; 3) Ambos são acompanhados de suas comitivas e são reverenciados por uma cavalaria que forma uma plateia bastante entusiasmada; 4) A marcante presença dos cavalos, animais que dão um certo tom de movimento às obras.
Agora faça sua própria análise: O símbolo maior de nossa Independência é plágio ou não?
Para saber mais sobre a temática ver Revista Aventuras na História "1822 A Independência do Brasil", edição de colecionador.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL

Se alguém chegasse até você e afirmasse:
1 – “ZUMBI TINHA ESCRAVOS”.
2 – “A ORIGEM DA FEIJOADA É EUROPEIA”.
3 – “QUEM MAIS MATOU OS ÍNDIOS FORAM OS ÍNDIOS”.
4 – “GILBERTO FREYRE ADMIRAVA A KU KLUX KLAN”.
5 – “OS PORTUGUESES ENSINARAM OS ÍNDIOS A PRESERVAR A FLORESTA”.
6 – “SANTOS DUMONT NÃO INVENTOU O AVIÃO”.
7 – “LAMPIÃO É O PAI DO BREGA”.
8 – “ALEIJADINHO É UM PERSONAGEM LITERÁRIO”.
9 – “GREGÓRIO DE MATOS ERA UM DEDO-DURO”.
10 – LUÍS CARLOS PRESTES “O REVOLUCIONÁRIO TRAPALHÃO”.


Se alguém ai se sentiu incomodado ou curioso com as afirmações acima, então leia o livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” de Leandro Narloch. Tal livro aborda a história fora dos chamados “discursos oficiais”. É uma leitura agradável e divertida, com boas doses de ironias e críticas apimentadas. BOA LEITURA!!!