segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ENEM - EXAME NACIONAL DOS ERROS MEDÍOCRES


Mais uma vez, o que era para ser o momento mais importante da vida de um estudante do Ensino Médio, acabou se tornando um evento cheio de erros, tanto na esfera estrutural (caderno de provas, cartão resposta, escolha de locais de prova, etc) quanto na esfera dos conteúdos da prova.
Na esfera estrutural ocorreu de tudo: Cartão resposta com a ordem das disciplinas invertidas, caderno de provas com questões faltando, cartão resposta sem o nome de identificação do aluno, dentre outros. Ficam então os questionamentos: Como uma prova tão importante, que decide o ingresso do aluno em várias universidades públicas e particulares, pode apresentar erros tão absurdos? Após todos esses problemas apontados, como exigir de nossos educandos concentração e tranqüilidade no momento de resolução das questões?
Na esfera teórica da prova, que envolve os conteúdos cobrados nas questões, também tivemos erros absurdos na parte referente à História (Analisaremos apenas esta disciplina por se tratar do objeto de estudo principal deste blog). A seguir, algumas “pérolas” da prova de História:
1 – Para o Enem, a abertura dos portos ocorreu em 1810. Acreditem! É isso mesmo!!! 1810. Tal falha provocou um comentário do autor do livro de onde a prova teria retirado a informação. No comentário, Laurentino Gomes avisa que tal fato ocorreu em 1808 e faz questão de deixar claro que o seu livro informa de maneira correta e que a falsa informação é de responsabilidade do Enem.
2 – Em outra questão, “sociedades fortemente estratificadas”, para o Enem, são aquelas que apresentam a IMPOSSIBILIDADE DE SE MUDAR DE ESTRATO SOCIAL. A questão gerou discussão uma vez que IMPOSSIBILIDADE é uma palavra complicada de se utilizar neste contexto. Seria mais correto afirmar que “Sociedades fortemente estratificadas” apresentam possibilidades de mudanças sociais bastante limitadas.
Diante de todos esses erros ficam alguns questionamentos: As provas aplicadas não devem ser anuladas? Como uma prova de significado tão importante na Educação brasileira pode apresentar tantos desacertos? De quem é a responsabilidade? E o aluno prejudicado, como deve agir? Continuaremos acompanhando o desenrolar dessa história e torcendo para que as autoridades responsáveis tomem as medidas justas para o bem da Educação brasileira.

4 comentários:

  1. É uma pena que o Enem esteja passando por toda essa situação vergonhosa e ridícula proveniente da incompetência de determinados setores e indivíduos. Justo esse que foi creditado ao exame a possibilidade de se redimir do escândalo de 2009, outro tão grave quanto foi cometido. Seria isso um reflexo da importância que se dá à educação do nosso país?

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  2. Professor Josimar, concordo com suas palavras. Quanto a sua pergunta, é uma pena que nossos representantes políticos e nossa sociedade ainda não se deram conta de que a constituição de um país forte e desenvolvido passa necessariamente por uma Educação de qualidade. Continuaremos aguardando o destino do Enem 2010. Obrigado pela visita.

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  3. É uma pena que o ENEM, que foi criado com outros objetivos (por sinal muito bons), tenha nesses ultimos anos dado dor de cabeça à alunos e professores, e principalmente pré-vestibulandos. Parabéns pelo seu texto e pelo blog. Estão ótimos.

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  4. Olá marc marine, concordo com você. A proposta do Enem é muito boa, entretanto, falta vontade e competência das autoridades responsáveis para que a prova se consolide no cenário da Educação brasileira. O "História, Educação, e Cultura" agradece sua visita. Um grande abraço!

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